A equipe de fisiologistas, coordenada pelo Dr. Gustavo Masson, desenvolveu o Programa de Reabilitação Física e Cognitiva baseado em estudos científicos nas áreas da fisiologia cardiovascular, neurofisiologia, endocrinologia, imunologia, bioquímica, biologia celular e molecular.
Nosso atendimento começa com a avaliação clínica, na qual:
1. Analisamos o histórico clínico do paciente, terapia farmacológica em uso e exames recentes;
2. realizamos testes físicos para verificar o equilíbrio, destreza do caminhar e força muscular de membros inferiores, permitindo definir o risco de queda e de desenvolver sarcopenia, principalmente em idosos.
3. Conforme a especificidade de cada paciente, realizamos testes cognitivos para determinar o risco de desenvolver disfunções cognitivas.
A partir desta análise, definimos os principais objetivos do tratamento e os métodos para atingi-los, o que torna nosso programa uma intervenção terapêutica personalizada.
Ao final dessa avaliação clínica inicial, emitimos o laudo que é enviado para o médico responsável, bem como para os familiares do paciente.
No teste ergométrico, o aumento da intensidade do esforço físico geralmente é baseado em abruptas elevações da inclinação da esteira e, portanto, a interrupção do teste frequentemente é o resultado da fadiga periférica, como dilatação insuficiente das artérias de membros inferiores e reduzida capacidade músculo-esquelética.
No teste de caminhada de 6 minutos, além de ser uma atividade que o paciente está mais habituado a realizar (do que caminhar na esteira), a determinação da performance física possui uma contribuição maior de fatores cardiorrespiratórios centrais, o que possibilita a otimização da prescrição do exercício aeróbio.
Principais Diferenciais
Nós dividimos o processo de reabilitação em duas etapas: a fase preparatória e a fase reabilitadora.
1. Fase Preparatória
A fase preparatória possibilita que o paciente realize o exercício aeróbio com maior intensidade, otimizando os benefícios do processo de reabilitação.
Na fase preparatória realizamos exercícios para desenvolver o equilíbrio estático e dinâmico e a coordenação motora, e também exercícios para aumentar a força muscular, principalmente dos membros inferiores.
O objetivo principal dessa fase é promover adaptações periféricas, como aumento da função vascular das artérias de condutância dos membros inferiores e o aumento da rigidez dos tendões, que melhoram a performance em testes físicos que norteiam a prescrição do exercício aeróbio, como o teste de caminhada de 6 minutos ou o teste ergométrico. Essas adaptações permitem que o paciente atinja uma maior frequência cardíaca máxima nestes exames, quando comparado àquela observada nos testes realizados antes do início do processo de reabilitação.
2. Teste de Caminhada de 6 Minutos
Empregamos os parâmetros do teste de caminhada de 6 minutos, freqüência cardíaca máxima e velocidade média, para nortear a prescrição do exercício aeróbio.
Neste teste verificamos a distância percorrida, a velocidade média e a frequência cardíaca máxima.
Em portadores de doença arterial coronariana ou de insuficiência cardíaca, bem como idosos, a freqüência cardíaca máxima obtida no teste de caminhada de 6 minutos representa a freqüência cardíaca no primeiro limiar ventilatório, no teste ergoespirométrico, e portanto, indica a frequência cardíaca-alvo no exercício aeróbio durante as sessões de reabilitação física.
Exceto para pacientes portadores de angina induzida pelo esforço ou de insuficiência cardíaca com classe funcional NYHA III e IV, utilizamos o teste de caminhada de 6 minutos para orientar a prescrição do exercício aeróbio.
Em portadores de doença arterial coronariana ou de insuficiência cardíaca, bem como idosos, a freqüência cardíaca máxima obtida no teste de caminhada de 6 minutos representa a freqüência cardíaca no primeiro limiar ventilatório, no teste ergoespirométrico, e portanto, indica frequência cardíaca-alvo no exercício aeróbio durante as sessões de reabilitação física.
Na insuficiência cardíaca, o resultado do teste de caminhada de 6 minutos também possibilita a estratificação da morbidade/mortalidade cardiovascular em médio-prazo.
3. Comunicação com médico-assistente
Esta estratégia de comunicação permite a constituição de uma equipe multidisciplinar e otimiza o acompanhamento terapêutico do paciente.
Além do laudo da avaliação clínica inicial, emitimos laudos sobre a evolução clínica do paciente em cada consulta médica.
Esse laudo possui informações sobre a performance física ao longo das sessões de reabilitação, como no exercício de sentar e levantar e no exercício aeróbio, além de informações sobre as variáveis cardiorrespiratórias, como pressão arterial e freqüência cardíaca de repouso, e a utilização da terapia farmacológica prescrita.